Paula Werneck

“Como toda menina da minha idade, eu adoro música, eu adoro internet, eu adoro festa. Mas não é em tudo que eu sou assim, igual às meninas da minha idade. Numa coisa eu sou bem diferente... Eu toco bateria!”. Foi assim que Paula foi filmada: tocando bateria no vídeo da campanha Ser Diferente é Normal, do Instituto MetaSocial, fundado por sua mãe, Helena. “Quero tocar o coração das pessoas”, disse ao rever o vídeo “Menina Diferente”, filmado em 2011. Com o objetivo de conscientizar e combater o preconceito da sociedade em relação às pessoas com síndrome de Down, a campanha teve outros filmes, como “Adolescente” (2003) e “Diferenças” (2005), e combinava bem com o jeito de Paula. “Lembro que filmamos o dia todo embaixo do sol e fiquei toda suada”, ri.

Paula nasceu em 1987 e desde pequena gostou da vida de artista. Começou como atriz, aos 10 anos, realizando trabalhos na TV Globo a partir de 1998. Sua estreia foi no capítulo 6 do seriado “Mulher”, no episódio “Escolhas”, com Malu Mader e Paulo Betti, que interpretavam seus pais. Numa cena emocionante, Paulo Betti, um pai distante, conecta-se com a filha. Paula sempre se emociona ao rever. Também fez participações nas novelas “América” e “Viver a Vida” e em outros programas do canal, como o do Faustão, Vídeo Show e Criança Esperança. Neste último, tocou bateria sozinha no palco. Participou da gravação da música de final de ano da Globo, além de em muitos outros shows, eventos e feiras. Foi aluna do professor Daniel Batera: “Ela mostra que você pode tudo o que quiser, com muita força de vontade, esforço e dedicação”, disse o mestre.

Também teve outros trabalhos de atendimento ao público, em uma cafeteria de shopping e na cantina de uma escola. Trabalhou como auxiliar de biblioteca e hoje atua como atendente de uma loja de produtos de beleza num shopping do Rio. Paula adora esportes, torce para o Flamengo e joga vôlei. Quando era criança, adorava montar a cavalo, inclusive de costas. O professor fez uma aposta com ela: a cada vez que caísse, tinha de pagar com um refrigerante. Caiu muitas vezes, mas não desistiu.

Seu grande sonho é trabalhar com acolhimento de famílias com crianças com síndrome de Down. Ela chegou a ter uma experiência desse tipo. Sua primeira atitude com os bebês era pegar no colo e dizer: “Quero te conhecer!”.


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