Joana Bértholo

Joana Bértholo é uma escritora portuguesa nascida em Lisboa em 1982. Estudou design gráfico, em Lisboa; Estudos Culturais, na Universidade Europeia Viadrina, em Frankfurt (Oder), na Alemanha, onde viveu por quatro anos. Foi voluntária da Eloisa Cartonera, cooperativa que produz livros a partir de material comprado de catadores de papel, em Buenos Aires, e participou em diversos países de performances ligadas à literatura, arte do livro, ecologia e design. Durante algum tempo, foi coeditora do jornal gratuito Pedal, sobre cicloativismo, em Lisboa.

Em 2009, a escritora portuguesa publicou o seu primeiro romance, Diálogos para o Fim do Mundo. No livro, há uma história de amor num tempo futuro após o fim do mundo, quando o amor ganhou sentidos novos ou deixou até de fazer sentido, junto ao cinema, aos museus e ao próprio tempo. Os personagens viajam numa espécie de arca e o que mais querem é chegar ao Brasil. Mas não se sabe se o mundo acabará antes.

Depois desse livro, veio Havia, em 2012. Com contos curtos que lidam com o realismo fantástico e trazem um humor refinado e irônico, foi adaptado várias vezes para o teatro no Brasil. Em 2013, publicou O Lago Avesso, uma biografia possível para uma coreógrafa de dança que deixou de saber distinguir o palco da vida. Seguiu-se Inventário do Pó, livro de contos baseado nas faixas de um disco de música eletrônica e experimental. O seu mais recente romance, Ecologia, foi finalista dos mais prestigiados prêmios em língua portuguesa (Associação Portuguesa de Autores, PEN clube, Correntes D’Escritas, DST; e semifinalista do Prêmio Oceanos). Quarto Minguante, sua primeira peça longa, foi encenada no Teatro Nacional D. Maria II em 2018. A segunda, Corpo/Arena, tinha estreia marcada na Itália em 2020, quando flagrou a pandemia.

É autora do livro infantojuvenil O Museu do Pensamento, que recebeu o Prêmio do Festival Literário de Fátima e foi indicado pela Sociedade Portuguesa de Autores para o Prêmio SPA, para o Melhor Livro Infantil. Você já se perguntou para onde vão seus pensamentos? O livro trata dessa questão.

“O meu amor pela leitura formou-me como escritora, da mesma forma que a experiência insondável de ver (algum) teatro me fez querer escrever para o palco”, disse numa entrevista. A escritora conta que tanto nos romances e contos como no teatro, o que a interessa é “a forma como a ficção e o drama podem absorver a realidade e devolvê-la numa outra forma de entendimento, ou inteligência”. Já especificamente no teatro, está em jogo aquilo que não pode ser escrito, o não verbal, o silêncio e o jogo teatral entre atores.


Referências

Downloads

Mais Donas da Rua


Ver todas homenageadas