Bruna Takahashi

Ela é a melhor brasileira da história do tênis de mesa, esporte que chegou ao Brasil em 1905 trazido pelos ingleses e que, por muito tempo, foi conhecido como pingue-pongue. A paulistana Bruna Takahashi foi a mais jovem atleta da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016: na época, tinha 15 anos. Sua única partida naquela edição dos Jogos Olímpicos foi com a então atual campeã olímpica, a chinesa Li Xiaoxia. Um ano antes, ela havia conquistado o Desafio Mundial de Cadetes e trazido para o Brasil o primeiro título mundial no tênis de mesa. Nos jogos do Rio, o Brasil foi eliminado na primeira fase, mas a experiência valeu. Dois anos mais tarde, ela voltou a disputar os Jogos, mas os da Juventude (Buenos Aires – 2018).

Hoje, aos 20 anos, é a inspiração para a irmã mais nova, Giulia. Com a mesma idade que Giulia tem atualmente, Bruna conquistou o primeiro Campeonato Mundial da categoria para o Brasil. Bruna foi a primeira do país a estar entre as 50 melhores atletas do ranking mundial do esporte (hoje ela ocupa a 48ª posição).

No Pan-Americano de Lima, no Peru, realizado em 2019, Bruna foi a atleta brasileira da modalidade que mais trouxe medalhas para casa: foi prata nas duplas mistas e bronze nas duplas femininas e no individual. Bruna joga no Sporting, clube de Lisboa, em Portugal, país para onde se mudou aos 18, levada pelo tênis de mesa. No esporte europeu, consegue disputar com adversárias mais bem-preparadas e se aprimorar cada vez mais.

“O tênis de mesa no Brasil é um processo. Temos que continuar melhorando e quero subir mais no ranking. No momento, vamos aproveitar a experiência de estar lá [nos Jogos Olímpicos] ao lado da Giulia. Tenho certeza de que uma vai ajudar a outra”, disse Bruna em entrevista à Folha de S.Paulo. A irmã, considerada uma das grandes promessas do esporte, faz parte do time reserva.

Bruna sabe que não será fácil conquistar medalha em Tóquio, já que as equipes asiáticas são as favoritas. A atleta tem um longo caminho pela frente e o está percorrendo, passo a passo (ou raquetada a raquetada). “Tenho outras Olimpíadas. Se perdermos na primeira rodada, não é o fim do mundo, nem para largar tudo e ir embora [do esporte]”, disse à Folha.

A família é parte importante na evolução da carreira de Bruna, que sempre contou com o apoio dos pais para administrar as competições e os compromissos da vida pessoal. Bruna começou a jogar em 2008, aos 8 anos. Na época, fazia natação, ginástica, jogava badminton, mas precisou escolher e ficou com o tênis de mesa. Quando começou a jogar, não imaginava que poderia se tornar uma jogadora profissional. “Foi com o tempo que fui me conhecendo e conhecendo o esporte também”, contou ao cabal da CBTM. “Meu maior sonho é ter uma medalha olímpica e ser TOP 5”. As respostas foram dadas numa entrevista coletiva com Arthur, de Porto Alegre, Ana Beatriz, de Cuiabá e Luiz Henrique, de Teresina, de 10 anos, e o Henrique, de Londrina, de 3 anos para o canal da CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa) no YouTube. Ao final, Bruna aconselhou os pequenos: “Posso garantir a vocês que, se lutarem, batalharem e sonharem com aquilo que querem, vocês vão conseguir. Lutem bastante, sigam seus objetivos, não sintam medo de fazer suas escolhas”.


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