Ágatha Rippel

A paixão de Ágatha pelo vôlei começou na quadra. Ela tinha 10 anos quando se matriculou em uma escolinha de vôlei em Paranaguá (PR). Até 2001, já tinha passado pelas equipes do Banestado (PR) e do Paulistano (SP). Foi só então que decidiu se dedicar à modalidade de praia do esporte, na qual se consagrou. Shirley, Cíntia e Sueli foram suas parceiras nos torneios que jogou em Paranaguá. No Circuito Brasileiro, esteve ao lado da paraibana Bruna durante a temporada de 2003. Em 2004, Ágatha fez dupla com Andréa Teixeira. Em 2005, jogou com a campeã olímpica Sandra Pires. Jogou por alguns anos com Shaylyn e competiu também ao lado de Fabí e Isabela Maio, Raquel e Luiza Amélia. Em 2011, iniciou o projeto com Bárbara Seixas, com quem conquistou o título de campeã do Circuito Brasileiro 2012/2013 e 2013/2014.

Em 2015, venceu o Campeonato Mundial e o Circuito Mundial, além de conseguir a vaga para os Jogos Olímpicos do Rio. Em 2016, conquistou o bicampeonato do SuperPraia e a prata nos Jogos do Rio – 2016. Depois da disputa, formou parceria temporária com Carol Solberg até o fim de 2016.

Ágatha então iniciou o projeto visando os Jogos de Tóquio ao lado da sergipana Duda. A dupla venceu já no primeiro torneio que disputou. A atleta se tornou tricampeã do SuperPraia em 2017. No Circuito Mundial 2017, fez parte do time brasileiro com mais medalhas: seis. No ano seguinte, a atleta venceu o Circuito Mundial e o World Tour Finals ao lado de Duda, recebendo também dois prêmios individuais.

Em 2018, a dupla conquistou alguns títulos, garantindo o ouro na etapa de Itapema, prata em Moscou e o bronze em Varsóvia pelo Circuito Mundial, resultados que deram às atletas o título da temporada. Além disso, elas foram campeãs do World Tour Finals.

O segredo para tantos pódios, segundo Ágatha, é a determinação. O esporte traz para quem o pratica essa vivência, de mostrar que é errando que se aprende e que treino e persistência são fundamentais. “Eu não considero que tenho um ‘big’ [grande] talento, entende? Eu acho que sou esforçada, determinada. Então, eu quero tanto, que faço acontecer”, disse ao Rededoesporte.gov.br.

A altura de Ágatha, 1,81 m, ajuda, mas o que mais contribui é que ela se joga no que faz. Ao longo da carreira, ela testou, perdeu, mas sempre aprendeu e voltou a insistir. “Passei um ano inteiro só jogando qualifying [pré-torneios, que garantem qualificação em torneios importantes]. Jogava um jogo, perdia, voltava para casa, ia embora. Aí, voltava na semana seguinte, jogava um torneio, perdia, ia para casa. E isso faz parte, não tem jeito”, comentou na websérie do Rededoesporte.gov.br.

“Chegar ao topo leva tempo. É no dia a dia que a gente aprende. E é principalmente nos momentos em que a gente está mal, nos momentos de derrota, que a gente cresce. Então, nesses momentos, a gente não tem de baixar a cabeça. Tem que pensar por que aconteceu aquilo e usar como oportunidade para crescer, para a próxima competição, para o próximo jogo”, disse ao rededoesporte.gov.br. “Posso dizer que a minha carreira teve muito mais baixos do que altos. Eu realmente comecei a ser uma atleta forte, vencedora, na beirada dos 30. Se você imaginar que aos 30 tem muito atleta já parando... foi o meu ápice”, avalia.


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